Glossário da Solidão de Paulo Bernardino Bastos explora a interseção da tecnologia com as artes plásticas, respondendo ao ambiente, à paisagem, investigando a coexistência da natureza com o sintético e o criado pelo homem, questionando os conceitos de natureza e cultura, procurando respeito por todos os organismos e géneros, explorando hibridização de linguagens e materiais sintéticos e naturais a partir de modelação tradicional, impressão/modelação 3D em espaço virtual.
Glossário da solidão , através de metáforas, explora equilíbrios e paradoxos como a preocupação em criar novas formas de vida, ao mesmo tempo em que se negligencia as existentes. A era do Antropoceno, com dificuldades ambientais, de saúde pública, de toxicidade e de exploração massiva de recursos, implica uma reflexão sobre a evolução e permanência da espécie. A escolha do fazer de esforço para contribuir para essa preservação é mais premente do que nunca. Essa demanda de atenção para o olhar, para a beleza, para a fragilidade simbiótica dos sistemas de vida (naturais, sociais e politicos),são o assunto e missão do Glossário da Solidão.
O projeto é um segundo ciclo do desenvolvimento de uma série de esculturas sobre a Solidão, uma personagem feminina (bonobo), híbrida, em situações de “quase” isolamento, que nos remete para uma reflexão sobre a evolução, o corpo e a presença, num universo de sistemas complexos e inteligentes que se veem cada vez mais afastados das origens.
Este projeto/ciclo compreendeu três exposições e um catálogo-reflexivo tudo no ambiente físico e digital.
Parceiro Institucional: REPÚBLICA PORTUGUESA | CULTURA | GARANTIR CULTURA
